Sua empresa está aberta à ciência de dados?

A combinação de vários campos do conhecimento para capturar dados, filtrá-los e extrair insights é uma das principais tendências de tecnologia para os negócios

As soluções voltadas à aplicação de dados devem se expandir 16,4% entre 2022 e 2030. Este mercado estava avaliado em US$ 112,1 bilhões em 2022 e deve chegar a US$ 378,7 bilhões em 2030, segundo a consultoria Precedence Research. Com a disponibilidade de informações de um negócio e de seus clientes, a tecnologia é fundamental para coletar e organizar esses dados.

“Avanços tecnológicos estão acontecendo rapidamente devido ao investimento em pesquisa e desenvolvimento. A necessidade de tecnologia para acelerar a produtividade e a eficiência é crescente na medida em que os negócios expandem”, diz a consultoria. “Tecnologias como inteligência artificial, machine learning e internet das coisas estão em todos os locais”, ressalta.

Mas o que é ciência de dados?

Uma das definições mais recorrentes é a combinação de vários campos do conhecimento (TI, estatística, matemática, métodos científicos) para capturar dados, filtrá-los e extrair insights, seguindo modelos e metodologias com esta finalidade. O objetivo final é gerar valor a um negócio. Tratamos deste tema neste artigo sobre o RH 4.0.

Para um negócio, estar aberto à ciência de dados e às suas inovações costuma ser sinônimo de alguns benefícios.

– Mais competitividade – A lógica é simples: quanto mais informações sobre o negócio, maior a capacidade de entender processos, fluxos e rotinas. Dessa forma, a organização se torna mais competitiva, encontrando soluções ou ideias de inovação que a vão tornar mais competitiva no mercado.

– Aumento de performance – Com a lupa voltada internamente à empresa, é possível descobrir quais são os pontos limitadores de crescimento de um negócio. Isso permite buscar novas soluções, desobstruir os gargalos e ter um desempenho ainda melhor.

– Monitoramento do mercado – Uma das possibilidades da ciência de dados é usar fontes de dados públicas para garantir mais inteligência. Informações da Receita Federal e de pagamentos de impostos conseguem trazer insights sobre o desempenho do segmento e até mesmo de alguns concorrentes. Isso vale, inclusive, para o mercado de locações!

– Melhora do planejamento – Com dados estruturados, a empresa cria o seu próprio histórico de informações. Estes dados se tornam referência para o planejamento futuro, incluindo a possibilidade de análises preditivas (a partir de machine learning) em diferentes cenários (otimista, realistas e pessimistas).

– Inovação mais simples – Por vezes, as empresas não inovam por dificuldades em entender os seus problemas. Os dados permitem uma visualização diferente da situação, o que permite encontrar soluções criativas para dificuldades de um negócio.

Você sabe a diferença entre hard skills e soft skills? Descubra neste artigo!

Como se preparar para a ciência de dados?

As possibilidades da aplicação de dados em um negócio são ilimitadas. O papel da organização é compreender como esta tecnologia e suas soluções podem contribuir para o futuro do negócio. E a implantação e o alvo de melhoria dependem diretamente dos propósitos empresariais, assim como do volume de recursos e de tempo despendido nesta empreitada.

No entanto, as vantagens trazidas pelos dados fazem com que as organizações busquem basear as suas decisões nestas informações. Esta prática costuma ser chamada de data-driven culture – ou seja, uma cultura orientada a dados. Mas como tornar isto uma realidade do negócio?

Embora se discuta a tecnologia, o principal desafio está na mudança cultural, na implementação de processos voltados a esta finalidade e na capacitação das pessoas no uso das soluções. Cada vez mais, essas plataformas são mais intuitivas e amigáveis ao usuário final.

Por isso, algumas boas práticas para preparar a organização para esta mudança são:

– A aplicação de dados deve ser uma política interna orientada e informada a todos os colaboradores, com acesso simplificado aos colaboradores.

– Os profissionais e o departamento envolvido com a ciência de dados devem estar próximos do restante da equipe. É importante que as soluções e as pessoas tenham autonomia para trabalhar com os dados, obtendo insights baseados em suas experiências profissionais e nos problemas que precisam solucionar.

– Cada equipe tem métricas-chave. Com a aplicação de dados, é possível basear as melhorias na melhora dos KPIs, o que vai tornar uma estratégia de melhoria mais palpável.

– Cuidado com as análises preditivas: elas trazem uma informação baseada em um histórico e podem até mesmo ser otimizadas com machine learning, mas não são garantia de sucesso.

– Capacitação é fundamental: muitas empresas precisam de novos fornecedores ou de novos softwares, mas a equipe precisa ser treinada para reduzir resistências e tornar o uso dos softwares mais eficiente.

– Encontre soluções: a melhor maneira de fazer com que uma empresa se foque em uma data-driven culture está na resolução de problemas. Eles podem ser internos, que atrapalham a performance, como externos, ligados diretamente aos clientes.

A aplicação de dados, a construção de uma data-driven culture e a presença da ciência de dados na rotina dos negócios tende a trazer benefícios a todos os envolvidos. Em razão de seus benefícios e possibilidades, trata-se de uma solução que está se expandindo e sendo disseminada para todos os segmentos.

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