15 setembro 2025

Built to suit: você conhece esse termo?

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Built to suit: você conhece esse termo?

Esta modalidade de locação imobiliária vem ganhando o país por ser planejada especificamente para atender às demandas dos locatários

O mercado imobiliário corporativo está se transformando para atender às necessidades específicas de empresas que buscam espaços cada vez mais funcionais e alinhados às suas operações. Entre os modelos de contrato que têm ganhado relevância, está o built to suit, uma modalidade de locação que permite a construção de um imóvel sob medida para o locatário.

Trata-se de uma solução estratégica para empresas que precisam de espaços personalizados e não encontram imóveis prontos que atendam plenamente às suas demandas. Mas, como todo contrato, o built to suit tem vantagens e pontos de atenção que precisam ser considerados antes da decisão.

O que é o built to suit?

A expressão em inglês built to suit significa literalmente “construído para servir”. É um modelo de contrato de locação em que um imóvel comercial é projetado, construído ou adaptado de acordo com as necessidades específicas do futuro ocupante.

Em outras palavras, o proprietário assume o compromisso de desenvolver o imóvel conforme as exigências do locatário, que, em contrapartida, se compromete a alugá-lo por um prazo pré-estabelecido, normalmente mais longo do que em contratos tradicionais.

Como funciona esse tipo de contrato?

O processo do built to suit envolve algumas etapas principais:

  1. Definição das necessidades – A empresa interessada descreve suas demandas, como metragem, infraestrutura, localização, layout e tecnologias necessárias.
  2. Projeto e aprovação – Com base nessas diretrizes, o projeto arquitetônico é desenvolvido para que atenda às exigências operacionais e de imagem da empresa.
  3. Construção ou adaptação – Após a aprovação, o imóvel é construído ou adaptado para que fique pronto para uso.
  4. Contrato de locação de longo prazo – O contrato de built to suit costuma ter prazos entre 10 e 20 anos, garantindo ao investidor o retorno do capital e ao locatário a segurança de um espaço exclusivo e customizado.
  5. Pagamento do aluguel – O valor do aluguel é definido de forma a remunerar não apenas a utilização do espaço, mas também o investimento feito pelo proprietário na construção ou adequação do imóvel.

Para quem o built to suit é indicado?

Esse modelo de locação costuma atrair empresas com operações de médio a grande porte e apresentam demandas muito específicas. Alguns exemplos incluem:

  • Redes de varejo: desejam padronizar suas unidades;
  • Centros de distribuição e logística: necessitam de galpões adaptados ao fluxo de mercadorias;
  • Instituições financeiras: demandam alto nível de segurança e infraestrutura especializada;
  • Escritórios corporativos: buscam identidade própria no imóvel;
  • Empresas industriais: precisam de plantas funcionais e customizadas.

Em resumo, o built to suit serve para organizações que não encontram no mercado um imóvel pronto que atenda às suas operações e necessidades de forma adequada.

Vantagens do built to suit

A maior vantagem desse tipo de contrato é a possibilidade de ter um espaço feito sob medida, com a personalização do imóvel, atendendo da estética à parte funcional e tecnológica da operação. Como o imóvel já é entregue adequado, evitam-se gastos adicionais com reformas ou grandes ajustes e, com isso, há uma redução de custos de adaptação.

Com contratos de longo prazo, a empresa consegue ter previsibilidade financeira, isto é, planejar seus gastos mensais de forma mais precisa, reduzindo riscos de variação de aluguel no curto prazo. Ademais, como ela não precisa investir capital próprio na construção do imóvel, ela tem uma imobilização de capital reduzida, liberando recursos para aplicar no negócio.

Outro ponto positivo é a localização estratégica, já que é possível escolher o terreno ou a região mais adequada para as operações, seja próxima a clientes, a fornecedores ou a centros logísticos.

Pontos de atenção

Apesar das muitas vantagens, nem tudo são flores e o contrato built to suit também traz desafios e riscos que devem ser avaliados. 

O primeiro deles é o compromisso de longo prazo. Isso ocorre porque o locatário fica vinculado ao contrato por muitos anos, com menos flexibilidade para mudanças, o que pode ser um problema em cenários de instabilidade ou necessidade de reestruturação empresarial.

As multas rescisórias podem ser mais elevadas devido ao alto investimento inicial do proprietário. Com isso, os contratos preveem valores severos em caso de quebra contratual antecipada. Ainda, o aluguel é mais elevado do que o de um imóvel tradicional, pois inclui a amortização do investimento realizado na construção ou ajuste.

É importante ter prazos claros, pois o locatário fica na dependência da execução do projeto. Sendo assim, é preciso que a construção seja bem gerida, pois erros ou atrasos podem comprometer a operação e o faturamento da empresa.

Vale a pena optar pelo built to suit?

A resposta depende do perfil da empresa e de sua estratégia de crescimento. 

Para organizações que precisam de um espaço exclusivo, com infraestrutura adaptada e perspectiva de permanência por muitos anos, o built to suit é uma boa alternativa. Por outro lado, empresas que atuam em setores de alta volatilidade ou que não têm previsibilidade de longo prazo devem avaliar com cautela esse modelo.

O built to suit representa uma solução moderna e estratégica dentro do mercado imobiliário corporativo, alinhando interesses de investidores e empresas. A chave para o sucesso desse tipo de contrato está em um bom planejamento inicial, clareza nas cláusulas contratuais e escolha de parceiros confiáveis para o desenvolvimento do imóvel.

Caso sua empresa prefira um modelo tradicional de locação, entre em contato e conheça os nossos espaços disponíveis.

(Imagem: Pexels)

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