Quais os segmentos de franquias mais comuns no Brasil?

Setor recupera o fôlego depois de experimentar queda em meio à pandemia: franquias mais comuns são oportunidade para empreendedores, inclusive em salas comerciais ou em strip malls

As franquias são um sucesso em todo o Brasil, e os resultados de 2023 indicam isso. No terceiro trimestre do ano, as franquias brasileiras tiveram um faturamento de R$ 62,6 bilhões, o que representa um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período de 2022. Ou seja, trata-se de uma excelente oportunidade para quem tem interesse em empreender.

As estimativas da Associação Brasileira de Franchising (ABF) são de que existam 191 mil operações de franquias no país. E o mercado não parece estar saturado, especialmente para o empreendedor interessado nesse modelo de negócio. No acumulado de 12 meses, o setor totalizou R$ 231 bilhões em receitas, um aumento de 13,3% sobre o intervalo do quarto trimestre de 2021 e os três primeiros de 2022.

O segmento é importante para a economia do país, gerando mais de 1,6 milhão de empregos diretos. Isso, é claro, sem considerar os impactos indiretos e em toda a sua cadeia produtiva. 

Para os interessados em investir e empreender, quais são os tipos de franquias mais comuns no Brasil? Algumas delas podem ser operadas tranquilamente de salas comerciais, sem a necessidade de atendimento direto ao público.

As franquias mais comuns no Brasil

Ao todo, o país conta com mais de 3 mil marcas franqueadoras, com uma média de 60 unidades por rede. Conforme o levantamento de 2022 da ABF, há cinco setores que se destacam entre as franquias brasileiras, considerando o volume de marcas, somando quase 90% do total:

– Alimentação, com 36% do total;

– Serviços automotivos, representando 15%;

– Saúde, beleza e bem-estar, com 13%;

– Serviços e outros negócios, 12%;

– Moda equivale a 11%.

Em geral, os três primeiros segmentos dependem de um atendimento direto ao público, que pode buscá-los em operações como os strip malls.

Além disso, as áreas de serviços e a de moda podem ser operadas online ou em atendimentos mais direcionados em salas comerciais tradicionais. O mesmo se aplica a outras áreas, caso de “Comunicação, Informática e Eletrônicos”, “Entretenimento e Lazer” e “Limpeza e Conservação”.

No ano passado, Curitiba, por exemplo, foi a quinta cidade do país na expansão no número de franquias, atrás apenas de Londrina (PR), Sorocaba (SP), Belém (PA) e Brasília (DF). A capital paranaense saiu de 3,9 mil unidades para 4,2 mil.

Dessa forma, as franquias são um excelente modelo de negócio para ser tocado de salas comerciais ou em strip malls. Não é à toa, portanto, que as locações comerciais tiveram um crescimento em 2023, contando com o incentivo do segmento de franquias.

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Faturamento supera período pré-pandemia

Depois de registrar queda de performance em meio à pandemia, em 2022 o setor de franquias já experimentou um desempenho superior. Na comparação com 2021, o aumento de faturamento foi de 14,3%, saindo de R$ 185 bilhões para R$ 211 bilhões.

Em relação ao volume de unidades, apenas três segmentos apresentaram uma queda no número de pontos de atendimento, apesar de terem registrado aumento de faturamento: hotelaria e turismo (-3,8%), entretenimento e lazer (-1,3%) e serviços automotivos (-4,8%).

No geral, houve crescimento de 7,8% no total de pontos de atendimento de franquias no país. De forma curiosa, o segmento de hotelaria e turismo teve o melhor aumento de resultado em 2022, mesmo com a diminuição em unidades.

“Esse desempenho das redes de franquias no período pesquisado se deve, principalmente, ao acúmulo das melhores práticas e dos aprendizados obtidos nos últimos anos, do avanço da digitalização, da omnicanalidade e da adoção de novos formatos, em um ambiente de atividades presenciais consolidado e com a melhora de alguns indicadores macroeconômicos como a taxa de empregos”, diz a ABF.

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